Nada

Era um mar sem fim... Um mar de pessoas, tristes, solitárias, vazias.
Cada um curtindo a solidão de viver em um mundo onde se luta pela igualdade, justiça, paz e amor. A igualdade de ser diferente, de poder viver sem o medo do outro. A justiça, aquela que todos julgam saber o que é, o negro quer justiça, os brancos querem justiça, os gays, os pobres, os ricos, os sem identidade, cada um se acha o juiz, pronto para condenar e apontar o que é certo... O amor, esse é mais complicado de dizer, uns dizem que ele vive em uma manhã de sol, outros falam que o amor é capaz de qualquer coisa, que esta em tudo e em todos, que não tem fronteira e que ninguém morre de amor, mas por amor.

Na verdade ninguém quer ser igual, todos se acham os juízes da própria tragedia e todos acham que sabem o que é amar. Abra os olhos e veja, você não passa de nada, de coisa alguma. Eu gosto de ser nada, um nada pode se criar a cada dia, pode descobrir tudo, viver o que ninguém ainda viveu, pode se torna um nada feliz, ou pode continuar nada, ser um coisa alguma sem interesse, sem fundamento. Cada dia nos proporciona uma infinidade de alguma coisa, umas boas, outras nem tanto. Mas cabe a você resolver o que fazer...

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